A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, assumiu, nesta sexta-feira (22), um papel na prevenção da violência armada no país, que deve lhe dar visibilidade para as eleições de 2024.

A democrata, de 58 anos, irá supervisionar o novo Escritório de Prevenção da Violência Armada da Casa Branca, promovido pelo presidente Joe Biden, que prometeu fazer o que puder “para combater a epidemia de violência armada, que destrói as famílias, comunidades e o país”.

“Não pode haver liberdade se as pessoas não se sentirem seguras”, acrescentou Kamala no mesmo comunicado.

Biden não tem o poder de aprovar normas vinculantes para limitar o número de armas de fogo, uma prerrogativa do Congresso. Mas os republicanos, que se opõem à regulação das mesmas, têm, de fato, poder de veto. Biden tenta, portanto, contornar o problema com iniciativas administrativas e regulamentares de alcance limitado.

A nova função acrescenta um cargo significativo à carreira de Kamala, a pouco mais de um ano das eleições presidenciais, que Biden irá disputar com a mesma companheira de chapa.

A vice-presidente já havia sido incumbida de cuidar de outras questões politicamente sensíveis, como a imigração. Enfrentar a violência armada dá à ex-procuradora da Califórnia a oportunidade de trabalhar em um tema de destaque, que costuma obter um consenso mais amplo por parte dos americanos.

Como primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos e também primeira negra e de origem asiática a ocupar o cargo, Kamala embarcou recentemente em um tour por universidades americanas em defesa das liberdades. Na maioria das vezes, foi recebida com entusiasmo, o que contrasta com a baixa popularidade que as pesquisas lhe atribuem.

aue/ube/erl/dga/lb/mvv