O GSI identificou que o segurança apontado como suposto agressor da jornalista Delis Ortiz é de uma organização militar do Exército Brasileiro. Segundo apurado, ele estava trabalhando em serviço coordenado pelo próprio GSI. As informações são do colunista Lauro Jardim do O Globo.

Há um decreto que determina as regras para esta atuação conjunta na segurança do presidente da República em eventos na capital nacional. Em nota publicada em seu site, o órgão afirma que foi instaurada sindicância e se solidariza com a jornalista:

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“A respeito do incidente veiculado na imprensa, ocorrido no Palácio do Itamaraty, em 30 de maio de 2023, durante a Reunião de Presidentes dos Países da América do Sul, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República informa que foi instaurada sindicância, por meio da Portaria nº 12-Sind/DGES/SE/GSIPR, de 31 de maio de 2023, a fim de apurar os fatos.

O GSI/PR lamenta o episódio e se solidariza com a jornalista Delis Ortiz.”

O Gabinete colherá depoimentos dos envolvidos e convidará a jornalista a expor sua versão. Também serão analisadas as imagens disponíveis para averiguar se há indícios de transgressão disciplinar ou eventual crime na agressão à jornalista durante entrevista a Nicolás Maduro.

De acordo com o colunista, o Exército afirmou que afastou os militares cedidos à segurança presidencial e presentes no episódio até o término do processo investigativo. O efetivo do evento foi de 193 militares, incluindo a área externa. A instituição disse ainda que permanecerá à disposição para contribuir com a investigação em curso.