Após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de tornar Bolsonaro (PL) inelegível, o ex-presidente concedeu entrevista à imprensa em Belo Horizonte (MG) e disse que acredita que “tenha sido a primeira condenação por abuso de poder político, meu crime. Sem corrupção”.

E completa: “eu fui julgado por um inquérito que está há cinco anos para apurar possíveis irregularidades nas eleições de 2018”.

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Ditadura

Ele abordou que “estamos no caminho de uma ditadura”. “Isso não é democracia”.

Transição das Eleições

Bolsonaro afirmou que após a decisão das eleições ele se recolheu e que a transição foi feita na normalidade. “Ninguém do PT pode reclamar sobre nenhum ministro meu sobre a transição”.

Atos de 8 de janeiro

Em outro momento, o ex-presidente comentou sobre os atos de 8 de janeiro e fez o seguinte questionamento: “qual é a minha participação nesses atos?”

“Infelizmente aconteceu o 8 de janeiro. Quem fala que é golpe o 8 de janeiro não sabe o que é golpe. Com todo o respeito, é um analfabeto político”.

Voto impresso

Bolsonaro também relembrou o seu desejo do “voto impresso” e falou que luta pela medida desde 2012.

“Foi aprovado o voto impresso pelo menos três vezes. Uma das vezes, a última, teve a minha participação, junto ao relator, o Rodrigo Maia. Foi vetado, derrubamos o veto e, depois, o Supremo disse que é inconstitucional”.

“Eu fui condenado no dia de hoje por um direito meu de parlamentar lá atrás de defender os projetos que, por ventura, tenha apresentado”.

Futuro da direita no brasil

O ex-presidente também falou sobre o futuro da direita, mas não apontou sucessor.

“A gente vai continuar trabalhando. Devemos fazer alguns prefeitos. Não é o fim da direita no Brasil. Antes de mim ela existia, mas não tinha forma e agora começou a ganhar materialidade”.