Seis homens, que integravam uma célula nazista e praticavam crimes de racismo e disseminação do ódio com uso de armas de fogo, viraram réus após uma denúncia feita pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). As informações são do G1.

Detidos desde o dia 20 de outubro, os acusados também tiveram as prisões convertidas em preventivas. Dos seis indiciados, quatro eram matriculados na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A Polícia Civil passou a investigar o grupo quando um dos réus foi detido por tráfico de drogas. Conforme o MPSC, durante o flagrante e a apreensão de objetos foi descoberta a célula nazista.

De acordo com o Ministério Público, os réus se encontraram em um sítio Biguaçu, em Florianópolis, e realizaram “discursos de ódio contra judeus, pronunciamentos em língua alemã e idolatrando Adolf Hitler, utilizando a bandeira com emblema da cruz suástica, cercados de misticismo nazista e realizações de rituais e até treinamentos paramilitares com porte ilegal de armas“.

Segundo Rodrigo Millen Carlin, promotor de Justiça, o grupo estava “associado, de forma estável e permanente, para o fim específico de cometer crimes, sendo que a associação era armada”.

A investigação também comprovou que o encontro foi marcado e compartilhado na internet com o objetivo de divulgar o nazismo. A reunião foi fotografa, filmada e anexada em conversas de aplicativos de mensagens.

Ainda durante a investigação, os agentes encontraram, na casa de um dos acusados, conteúdos de pornografia envolvendo crianças e adolescentes.