Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Zanin arquiva ação contra senador bolsonarista que exaltou violência policial

Zanin criticou declaração de Jorge Seif, mas seguiu parecer da PGR e mandou arquivar pedido de investigação contra o senador

Fellipe Sampaio /STF
Foto: Fellipe Sampaio /STF

Cristiano Zanin mandou arquivar nessa terça-feira, 18, um pedido para que o senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, fosse investigado por fazer apologia à violência policial nas redes sociais. Zanin seguiu parecer da PGR nesse sentido.

Seif foi alvo de uma representação de um cidadão ao Ministério Público Federal depois de dar declarações de apoio ao policial militar que arremessou um entregador de uma passarela em São Paulo. O caso ocorreu no início de dezembro e o PM foi indiciado por tentativa de homicídio. Devido ao foro privilegiado do senador, o caso foi enviado ao STF, onde corre em segredo de Justiça.

“O erro dos policiais foi ter jogado o meliante em um córrego. Deveriam ter jogado do penhasco”, escreveu Seif no X em 4 de dezembro, ao manifestar “apoio incondicional” à PM de São Paulo e ao secretário de Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite. Ele apagou a publicação depois.

Em 9 de dezembro, Seif deu declarações no plenário do Senado reconhecendo que havia divulgado informações falsas sobre a vítima e repudiando “excessos, abusos de poder e agressões contra a sociedade, especialmente desarmada”.

Ao analisar o pedido de investigação, a PGR avaliou que as declarações de Jorge Seif foram dadas em razão do exercício do mandato e estão sob imunidade parlamentar.

Em sua decisão, Cristiano Zanin apontou que a manifestação da PGR deve ser acatada em casos como este e mandou arquivá-lo. O ministro, contudo, classificou como “inadequadas e reprováveis” as declarações de Jorge Seif e afirmou que o próprio senador reconheceu isso em ofício encaminhado ao ministro.

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