A mulher de Átilla Mello, um dos presos pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento nos atos de vandalismo em Brasília (DF) no último dia 12, postou na quarta-feira (28) um vídeo cobrando o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Cadê você, Bolsonaro?! Se posiciona, Bolsonaro! O seu povo está perecendo! O seu povo está sendo perseguido! O seu povo está sendo preso por lutar pela causa do Brasil! Cadê você, Bolsonaro?! Cadê a sua caneta?! Agora é a hora de usar sua caneta, Bolsonaro!”, diz Carina Mello na gravação.
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Segundo a mulher, o marido, que é pastor, foi preso em São Gonçalo (RJ) e o vídeo foi gravado enquanto ela acompanhava o comboio que levava Átilla para a sede da PF.
Operação Nero
A Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a prender suspeitos de envolvimento em atos de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula.
No total, 11 ordens de prisão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais também fazem buscas em 21 endereços ligados aos investigados.
Os suspeitos, segundo a PF, teriam tentado invadir a sede da corporação com o objetivo de resgatar o indígena José Acácio Serene Xavante, preso no dia 12 deste mês por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes. Diante da tentativa frustrada, os manifestantes teriam dado início a uma série de atos de vandalismo pela cidade. A PF informou que as duas investigações foram encaminhadas ao Supremo, em razão de declínio de competência.
Os suspeitos podem responder pelos crimes de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
A Operação Nero ocorre simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. A PF esclareceu em coletiva que, dos 40 identificados, 11 receberam mandados de prisão por condutas individualizadas.
Até o momento, 4 já foram presos: dois em Rondônia, um no DF e outro no Rio de Janeiro. A segunda fase da operação será identificar os financiadores desses atos.