O presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou, em uma entrevista publicada no sábado (16) à noite no jornal Le Parisien, que talvez sejam necessárias “operações no terreno” na Ucrânia.

“Talvez em algum momento – não desejo e não tomarei a iniciativa – seja necessário realizar operações no terreno, sejam quais forem, para contra-atacar as forças russas”, declarou na conversa realizada na sexta-feira após seu retorno de Berlim, onde se encontrou com os líderes alemão e polonês.

“A força da França é que podemos fazê-lo”, afirmou.

França, Alemanha e Polônia permanecem “unidas” em sua “determinação” de impedir uma vitória da Rússia na guerra contra a Ucrânia, disse na sexta-feira Macron, ao lado dos chefes de governo da Alemanha, Olaf Scholz, e da Polônia, Donald Tusk.

Macron afirmou em uma coletiva de imprensa que os três países manteriam sua posição de “nunca tomar a iniciativa de uma escalada”, após semanas de tensão, especialmente com a Alemanha, sobre a estratégia de apoio à Ucrânia.

Por sua vez, o alemão Scholz anunciou na sexta-feira a criação de uma coalizão de aliados da Ucrânia para artilharia de longo alcance, um tipo de armamento que Kiev solicita para se defender da invasão das tropas russas, iniciada em fevereiro de 2022.

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