O tiro com arco é uma das modalidades de tiro que estará presente nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
Como o próprio nome já indica, o esporte consiste na realização de disparos de flechas com um arco específico.
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O objetivo é atingir a flecha o mais perto possível da marca central do alvo. Os arqueiros mais precisos e que atingirem as melhores pontuações são consagrados.
O evento, de longa tradição e prestígio nas Olimpíadas, estará dentro do cronograma olímpico pela 18ª vez .
Tiro com arco nos Jogos Olímpicos
O tiro com arco tem uma história particular nos Jogos Olímpicos. A modalidade estreou justamente nos Jogos de Paris, em 1900, contando com seis provas distintas, apenas no masculino.
A modalidade também esteve presente em 1904, quando as mulheres estrearam, 1908 e 1920, chegando a atingir dez eventos na última disputa.
Após esse momento, o tiro com arco esteve ausente durante mais de 5 décadas, retornando apenas na Olimpíada de Munique-1972, já sob a regulamentação da Federação Mundial de Tiro com Arco (WA, antes FITA).
Desde os Jogos de 1972, o esporte voltou a ser presença constante e não saiu mais do calendário, tendo completado, em Tóquio-2020, 17 aparições. No Japão a modalidade contou com cinco eventos, cenário que se repetirá em Paris-2024.
O quadro geral da modalidade aponta um certo equilíbrio entre as delegações. A Coreia do Sul é a maior vencedora, com 43 conquistas (27 ouros, 9 pratas e 7 bronzes). Estados Unidos com 34 (14 ouros, 11 pratas e 9 bronzes) e Bélgica com 20 (11 ouros, 6 pratas e 3 bronzes) completam o top-3.
O recorde absoluto de medalhas na modalidade pertence ao arqueiro Hubert Van Innis. Nascido na Bélgica, Hubert conquistou 9 medalhas olímpicas, sendo 6 de ouro e 3 de prata, todas ganhas em Paris-1900 e Antuérpia-1920.
Tiro com arco na Olimpíada de Paris
Chegando para a sua 18ª aparição em Jogos Olímpicos, o tiro com arco contará com os mesmos eventos realizados na última Olimpíada, que são:
- Individual masculino
- Individual feminino
- Equipes masculinas
- Equipes femininas
- Equipes mistas
Ao todo 128 arqueiros estarão na França, divididos igualmente entre homens e mulheres (64 de cada gênero).
A França, país sede do torneio, receberá seis vagas, três por gênero. As outras vagas foram definidas por meio de: Campeonatos Mundiais, Jogos continentais, classificatórias continentais, último campeonato classificatório, o ranking mundial e vagas por universalidade.
Com o processo classificatório já finalizado, os países classificados já sabem com quantos arqueiros poderão contar na disputa. No total, 53 delegações conseguiram a classificação. Confira:
- África do Sul (1)
- Alemanha (4)
- Argentina (1)
- Austrália (2)
- Áustria (1)
- Azerbaijão (1)
- Bangladesh (1)
- Butão (1)
- Brasil (2)
- Canada (2)
- Cazaquistão (3)
- Chade (1)
- Chile (1)
- China (6)
- Colômbia (4)
- Coreia do Sul(6)
- Cuba (1)
- Dinamarca (1)
- Egito (2)
- El Salvador (1)
- Eslováquia (1)
- Eslovênia (2)
- Espanha (2)
- Estados Unidos (4)
- Estônia (1)
- Finlândia (1)
- França (6)
- Grã-Bretanha (6)
- Guine (1)
- Holanda (4)
- Ilhas Virgens Americanas (1)
- Índia (6)
- Indonésia (4)
- Irã (1)
- Israel (2)
- Itália (4)
- Japão (4)
- Luxemburgo (1)
- Malásia (3)
- México (6)
- Moldávia (2)
- Mongólia (1)
- Polônia (1)
- Porto Rico (1)
- Romênia (1)
- República Checa (2)
- San Marino (1)
- Taiwan (6)
- Tunísia (1)
- Turquia (4)
- Ucrânia (2)
- Uzbequistão (2)
- Vietnã (2)
Em um formato de disputa mata-mata, em que o arqueiro ou a equipe que vencer seus confrontos avançam para a próxima fase, o tiro com arco será realizado entre os dias 25 de julho e 4 de agosto, no Hôtel des Invalides.
Tiro com arco brasileiro em Olimpíadas
A participação do Brasil no tiro com arco em Olimpíadas começou nos Jogos de Moscou-1980, com a arqueira Arci Zelia Kempner e o arqueiro Renato Dutra E Mello.
Desde então o país só não esteve presente em Atlanta-1996, Sydney-2000 e Atenas-2004, totalizando oito participações.
Apesar de ter participado de oito torneios, o Brasil não tem um retrospecto favorável no torneio. A melhor colocação alcançada por brasileiros foi justamente na última Olimpíada, quando o arqueiro brasileiro Marcus D’almeida avançou até as oitavas de final.
Dessa maneira, o Brasil ainda segue em busca do sonho de conquistar uma medalha olímpica nesta modalidade.
A esperança é de que esse cenário possa acontecer justamente em Paris-2024. Na França, a delegação brasileira contará com dois atletas: Ana Luiza Caetano, no individual feminino, e Marcus D’almeida, no individual masculino.
D’almeida é o grande nome do Brasil na modalidade, sendo o primeiro brasileiro a se tornar o primeiro colocado no ranking mundial do esporte na categoria de arco recurvo, em 2023. No mesmo ano, ele se tornou o primeiro brasileiro na história a ganhar a final da Copa do Mundo de Arco.
Portanto, D’almeida é uma das grandes esperanças da delegação brasileira para a conquista de uma medalha inédita para o país. Conhecido como “Robin Hood brasileiro”, o arqueiro de 26 anos disputará sua quarta Olimpíada.