A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu prorrogar até a sexta-feira (1º) as negociações ministeriais em Abu Dhabi, que deviam terminar nesta quinta (29), com a expectativa de que seus 164 países-membros alcancem um acordo sobre pesca e agricultura.

A 13ª Conferência ministerial da OMC, que começou na segunda-feira, deveria realizar sua sessão de encerramento na noite desta quinta-feira, mas o fim “foi adiado até a sexta-feira, 1º de março, às 14h” locais (07h de Brasília), detalhou a entidade, confirmando a impressão de muitas delegações.

Estas negociações são como “uma montanha russa”, informou uma fonte próxima às negociações.

“Todo mundo trabalha com uma mentalidade muito positiva (…) para tentar ver o que é o máximo que podemos fazer”, disse, nesta quinta, o ministro indiano do Comércio, Piyush Goyal.

Os quatro temas-chave negociados são pesca, agricultura, comércio eletrônico e reforma da OMC. Mas, por enquanto não se vislumbra nenhuma perspectiva de desenlace.

As negociações para evitar os subsídios que favorecem a sobrepesca e o excesso de capacidade das embarcações estão estagnadas no que diz respeito à pesca artesanal e à pesca em alto-mar.

No começo da semana, a Índia pediu uma moratória sobre as regras durante 25 anos para os países em desenvolvimento e uma moratória aos subsídios acordados aos países que praticam pesca em alto-mar “por um período de pelo menos 25 anos”.

No setor da agricultura – um tema ainda mais complexo, levando em conta os protestos recentes de produtores agrícolas, tanto na Europa quanto na Índia -, os países negociam um programa de trabalho com a lista de temas a negociar no futuro.

Em particular, pretende que o acordo temporário de 2013 sobre este assunto se torne permanente e assegura que “mais de 80 países que representam mais de 61% da população mundial (…) copatrocinaram uma proposta sobre o tema”.

Outros atores, como Estados Unidos e os países da União Europeia, querem abordar todos os problemas agrícolas ao mesmo tempo.

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