Neymar demonstra interesse em atuar nos Estados Unidos: ‘Não sei se volto a jogar no Brasil’

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Astro do Paris Saint-Germain, Neymar Jr. pode não voltar ao Brasil no fim de sua carreira. Durante participação no podcast “Fenômenos”, do ex-atacante Ronaldo, o craque brasileiro falou sobre o desejo de jogar nos Estados Unidos.

“Não sei se volto a jogar no Brasil. Tenho muita vontade de jogar nos Estados Unidos, isso tenho vontade. Pelo menos uma temporada. No Brasil, não sei. Às vezes quero, às vezes, não”, disse Neymar. “Primeiro, porque o campeonato lá [EUA] é curto, você tem uns três ou quatro meses de férias (risos). Dá para jogar um monte de ano ainda”, acrescentou.

O atacante da seleção brasileira aproveitou a afirmação para reiterar o carinho que tem pelo Santos, indicando que gosta muito de atuar na Vila Belmiro. Ele também comentou sobre um possível ponto final na carreira, afirmando que ainda não parou para traçar um planejamento exato.

“Brinco muito com meus amigos, falo que com uns 32 (anos) já está bom (risos). Mas sinceramente, não sei. Vou jogar até cansar mentalmente. A partir do momento em que eu estiver bem de cabeça e de corpo… De corpo, acho que eu vou conseguir durar mais uns aninhos, mas é a cabeça que precisa estar bem. Mas uma idade, não tracei isso. Tenho contrato com o Paris até os 34. Então, até lá estou jogando”, explicou o camisa 10 do PSG.

Neymar também falou sobre a Copa do Mundo de 2022. O jogador citou França, Alemanha e Argentina como favoritos na briga pelo título e elogiou a seleção brasileira. O craque ainda reclamou que torcedores e imprensa “criticam a todo momento” e que “se for 1 a 0 todo jogo, querem show, e se tiver dando show sem ganhar, querem resultado”. Para o atleta, o torcedor brasileiro se distanciou da camisa cinco vezes campeã do mundo.

“Hoje em dia, a seleção brasileira se distanciou muito do torcedor brasileiro. Não sei o motivo, quando começou, por que aconteceu, mas vejo isso pelos nossos jogos. É pouco comentado, as pessoas não sabem quando vai ser. E isso é ruim. É triste viver nesta geração em que a seleção brasileira joga não é importante. Quando eu era criança, o jogo da seleção era um evento, tinha que parar, encontrar a família inteira com camisa, bandeira na janela, era churrasco, bolo em casa. Era um evento. Hoje em dia não tem mais essa importância. Não sei porquê. Não sei como chegamos a esse estado, mas tenho esperança que isso tudo volte, o torcedor possa estar junto e ir em busca da Copa do Mundo, que todo mundo quer”, finalizou.