Um navio porta-contêineres com bandeira da Libéria foi atacado na costa do Iêmen, disse nesta segunda-feira (4) a empresa britânica de segurança marítima Ambrey, especificando que o navio estava listado como operado por uma empresa israelense.

O ataque, que não foi reivindicado até o momento, ocorreu em uma área onde os rebeldes huthis do Iêmen têm realizado ataques a navios desde novembro.

O navio, cujo nome não foi divulgado, “foi atingido e emitiu um sinal de socorro” quando estava a cerca de 88 milhas náuticas (163 km) a sudeste de Áden, acrescentou Ambrey.

A agência britânica de segurança marítima, UKMTO, registrou duas explosões: a primeira ocorreu perto do navio e a segunda causou danos, mas não deixou feridos. Também indicou que houve um incêndio a bordo.

O navio, que se dirigia a Djibouti vindo de Singapura, “está listado como sendo operado pela empresa israelense ZIM Integrated Shipping Services”, afirmou Ambrey, embora “esta possa ser uma afiliação desatualizada, já que o navio não está listado em outras fontes públicas”.

Os rebeldes huthis pró-Irã reivindicam ataques a navios no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, que segundo eles teriam vínculos com Israel, em “solidariedade” com os palestinos na Faixa de Gaza, imersa em uma guerra entre o Exército israelense e o movimento islamista Hamas.

Estas ações obrigaram muitas companhias marítimas a interromperem a passagem por aquela região, por onde transita 12% do comércio mundial.

Em resposta, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, enviaram para lá uma força multinacional de proteção marítima e realizaram ataques contra os huthis, às vezes com a ajuda do Reino Unido.

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