Milhares de membros do partido cristão Forças Libanesas (FL) compareceram nesta sexta-feira (12) ao funeral do líder do grupo, assassinado perto de Beirute, exigindo justiça e acusando o movimento xiita Hezbollah.

Pascal Sleiman, líder local do influente partido, foi sequestrado no domingo (7) em Jbeil (Biblos), ao norte de Beirute, e seu corpo foi encontrado na Síria, segundo as autoridades libanesas.

Sete sírios acusados de estarem envolvidos no crime foram detidos, três deles entregues pelas autoridades sírias ao Líbano, de acordo com uma fonte judicial.

O Partido Cristão, opositor do poderoso Hezbollah, liderado por Samir Geagea, descreveu o incidente como um “assassinato político até que se prove o contrário”.

O líder do Hezbollah, Hasan Nasralá, negou qualquer participação de seu partido no crime.

Após o funeral, Samir Geagea pediu uma mudança nas autoridades “falidas e corruptas”.

O Hezbollah, movimento apoiado e financiado pelo Irã, é o único partido que manteve seu arsenal após o fim da guerra civil (1975-1990). O grupo exerce grande influência na vida política do país.

A maioria dos assassinatos políticos no Líbano permanece impune, e os anos de crise econômica enfraqueceram ainda mais um sistema judicial acusado de estar sujeito a interferências políticas.

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