O México alegou nesta sexta-feira (5) que a “falta de progresso” na extradição de Israel de um ex-funcionário acusado de tortura e outras violações de direitos humanos no caso do desaparecimento de 43 estudantes em 2014 ameaça prejudicar as relações com esse país.

Em questão está um pedido de entrega de Tomás Zerón, ex-chefe de investigação criminal da promotoria mexicana, que é procurado por crimes contra os direitos humanos durante sua investigação sobre o paradeiro dos estudantes da escola normal de Ayotzinapa, que desapareceram em setembro de 2014 pelas mãos da polícia em conluio com criminosos.

“A falta de progresso na resolução desse caso é interpretada como uma proteção de fato a Tomás Zerón pelo governo israelense e ameaça se tornar um fator irritante e perturbador para o Estado de Israel”, advertiu o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado.

O Ministério enfatizou que a ação legal que Israel – um país com o qual o México não tem tratado de extradição – está sendo solicitado a tomar visa deter uma pessoa acusada de “praticar atos de violência, impor medo, tortura e permanecer foragido da Justiça”. O

Ministério da Justiça de Israel informou ao México em 14 de dezembro que o pedido de extradição “está em fase final de análise”, informação que foi reiterada em 1º de fevereiro deste ano pelo Ministério das Relações Exteriores, de acordo com o comunicado

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