Metade das metástases cerebrais tem origem no pulmão, como ocorreu com Gloria Maria

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Além de Glória Maria, veja famosos que foram homenageados com nomes de ruas Foto: Reprodução/Instagram

Chance de a doença se espalhar depende do tipo de tumor e do estágio, entre outros fatores.

Por Gabriela Cupani, da Agência Einstein

Cerca de metade dos tumores cerebrais metastáticos ocorre a partir de um câncer de pulmão, o tipo com maior chance de se espalhar para a cabeça, condição que acometeu a jornalista Gloria Maria. Isso geralmente ocorre nos dois primeiros anos após o diagnóstico, de acordo com dados dos Institutos Nacionais da Saúde (National Institutes of Health, NIH, em inglês), dos Estados Unidos.

Gloria Maria morreu nesta quinta-feira (2), aos 73 anos. Em nota, a TV Globo informou que a jornalista “foi diagnosticada com um câncer de pulmão, tratado com sucesso com imunoterapia” e, também, com “metástase no cérebro, tratada cirurgicamente, também com êxito incialmente”. No entanto, a emissora explicou que em meados de 2022, ela “iniciou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais” e que “infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”.

Metade das metástases cerebrais tem origem no pulmão, como ocorreu com Gloria Maria

Segundo os Institutos Nacionais da Saúde, os tumores de mama, de cólon e melanoma também costumam gerar metástase no cérebro — isso acontece quando células cancerosas se espalham a partir do local original pela corrente sanguínea, atingindo outros órgãos. No cérebro, elas podem formar um ou vários tumores. As chances são maiores dependendo do tipo de cancro, se o paciente já tem metástases em outros locais e/ou se há mutações.

“É um desfecho comum para estes pacientes. Com as novas terapias, há um controle maior da doença fora do crânio e, com o aumento da sobrevida, aumentam as chances de metástases, pois a barreira hematoencefálica cria maior dificuldade de penetração de algumas drogas no cérebro”, explica a oncologista Ludmila Koch, do Hospital Israelita Albert Einstein.

À medida que o tumor cresce, ele pode pressionar outras regiões e causar sintomas como dor de cabeça, problemas de memória ou convulsões. Há sintomas específicos associados à área em que está centralizada a doença, entre eles, desenvolvimento de dificuldade de fala ou de visão embaçada. Em alguns pacientes, no entanto, pode ser um caso assintomático.

O diagnóstico é feito por exame de imagem, sendo a ressonância magnética o mais preciso. O tratamento depende do número de lesões, da localização, de como a doença está controlada fora do crânio e do estado geral do paciente. Inclui, além do tratamento sistêmico, cirurgia, radioterapia de crânio total ou radiocirurgia, em que a radiação é aplicada em poucas doses e de forma bem direcionada. “O objetivo é o controle da doença, a melhora da qualidade de vida e o aumento da sobrevida”, explica a médica.

Fonte: Agência Einstein

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