O suíço Tariq Ramadan, professor de Estudos Islâmicos, comparece a partir desta segunda-feira (15) a um tribunal criminal de Genebra por “estupro e coação sexual”, acusações que ele nega.

Tariq Ramadan chegou ao tribunal pouco depois das 08h30 (03h30 no horário de Brasília) para comparecer ao julgamento, que deve durar três dias.

Nem o filósofo nem seus assessores fizeram declarações à imprensa.

A denunciante, uma suíça que afirma ter sido ameaçada e que pediu para ser identificada como “Brigitte” (nome fictício), tinha cerca de 40 anos na época dos fatos, há quase 15 anos.

A mulher afirma que o filósofo a sujeitou a atos sexuais brutais acompanhados de espancamentos e insultos na noite de 28 de outubro de 2008, em um quarto de hotel em Genebra.

Ramadan, de 60 anos, reconheceu tê-la encontrado, mas afirmou durante a investigação que não quis ter relações sexuais com a mulher.

Segundo “Brigitte”, antes de se encontrarem no hotel, ambos haviam trocado mensagens íntimas em 2008, depois de terem se visto algumas vezes durante uma sessão de autógrafos e uma conferência.

A mulher garante que Ramadan a sujeitou a atos sexuais com violência por horas e que a forçou até quase sufocá-la. O filósofo nega as acusações.

O intelectual suíço, figura carismática e controversa do Islã europeu, pode ser condenado a penas entre dois e 10 anos de prisão. A AFP contatou um de seus advogados franceses, Philippe Ohayon, que se recusou a fazer comentários.

O veredicto será anunciado em 24 de maio e Tariq Ramadan poderá recorrer da decisão.

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