As sardas aparecem na pele e são manchas pigmentadas, frequentemente associadas a indivíduos com cabelos ruivos ou pele clara. Elas geralmente têm cor castanha ou avermelhada e formas irregulares. Embora comuns em pessoas ruivas, qualquer indivíduo pode desenvolvê-las, principalmente devido a fatores genéticos e exposição ao sol.
Os melanócitos, células que produzem a pigmentação da pele, liberam melanina quando expostos ao sol, resultando no surgimento dessas manchas. Geralmente começam a aparecer a partir dos dois ou três anos de idade e podem se intensificar ao longo da vida. Elas comumente surgem no rosto, mas também podem aparecer em outras partes do corpo expostas à luz solar, como braços e ombros.
Causas das Sardas?
Fatores diferentes podem causar as sardas, sendo os principais a herança genética e a exposição solar excessiva. Indivíduos com herança genética específica, particularmente aqueles com pele clara e cabelos ruivos, têm uma maior propensão a desenvolver sardas. No entanto, a exposição excessiva à radiação ultravioleta do sol aumenta a produção de melanina, contribuindo para o aparecimento dessas manchas.
Quais são as diferenças entre sardas e sardas brancas?
Além das sardas tradicionais, existem manchas esbranquiçadas chamadas sardas brancas. A hipomelanose gutata idiopática provoca essas pequenas manchas claras, muitas vezes relacionadas ao envelhecimento e à exposição solar. Já os lentigos solares, manchas acastanhadas que surgem em áreas expostas ao sol, são frequentes em idosos. Embora as sardas sejam geralmente inofensivas, é importante diferenciar entre manchas benignas e aquelas que poderiam indicar condições mais sérias. Em alguns casos, o exame dermatológico pode ser necessário para descartar a possibilidade de lesões malignas.
Como identificar sardas perigosas e quando procurar ajuda médica?
Consulte um profissional de saúde ou dermatologista se as suas sardas ou outras manchas na pele mudarem de tamanho, forma ou cor; se apresentarem uma borda irregular ou mal definida e uma forma assimétrica; se provocarem dor, prurido, sangramento, ou formarem um alto na pele. A atenção a esses sinais é crucial na prevenção de problemas de saúde mais graves.
Como proteger a pele com sardas do sol?
A proteção solar é essencial para prevenir novas sardas e proteger a pele em geral. O uso diário de protetores solares é fundamental, assim como o uso de acessórios como bonés, chapéus e óculos de sol. Evitar a exposição ao sol nos horários de pico de radiação, entre 10h e 16h, também é recomendável. Recomenda-se o uso de protetores solares de amplo espectro com SPF 30 ou superior. Aplicá-los generosamente 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicá-los a cada duas horas, especialmente após nadar ou transpirar. Além disso, cremes que incluam antioxidantes como a vitamina C podem oferecer proteção adicional contra os danos do sol.
Apesar de as sardas por si só não representarem risco significativo de transformação maligna, a exposição contínua ao sol, que causa seu surgimento, também é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pele. Portanto, a atenção às alterações cutâneas e consultas regulares ao dermatologista são essenciais.
Valorização das sardas para um beleza natural?
As sardas são uma marca única e natural de cada indivíduo, muitas vezes vistas como um charme no rosto ou corpo. Nos últimos anos, a aceitação e valorização da beleza natural têm crescido, e manter as sardas faz parte desse movimento. Elas representam uma característica autêntica e podem integrar o conceito moderno de beleza, no qual o natural é admirado e celebrado. Em vez de escondê-las, muitas pessoas escolhem exibí-las com orgulho, destacando sua individualidade e desafiando padrões estéticos preexistentes.
É possível remove-las?
Embora frequentemente inofensivas, algumas pessoas optam por tratar as sardas por razões estéticas. Existem vários procedimentos que podem auxiliar na remoção ou clareamento dessas manchas, sempre sob orientação médica.
- Peelings químicos: Utilizam ácidos específicos, como o ácido glicólico ou ácido salicílico, para remover camadas superficiais da pele, promovendo a renovação celular e clareando as manchas.
- Tratamentos a laser: Existem tipos específicos de laser, como o laser de Q-Switch ou laser de CO2, que visam destruir as células pigmentadas, uniformizando o tom da pele e reduzindo a aparência das sardas.
- Cremes retinoides: Prescritos por dermatologistas, esses cremes contêm tretinoína ou ácido retinoico que ajudam a clarear as manchas gradualmente, melhorando a textura da pele.
Como se desenvolvem as sardas na pele?
Existem dois tipos principais de sardas: efélides ou sardas “comuns” e lentigos actínicos. As efélides são o tipo de sardas que mais se associa ao próprio nome. Elas são achatadas, irregulares e geralmente têm cor vermelha, castanho claro ou castanho escuro, com intensidade variável dependendo da estação do ano. A exposição ao sol e as queimaduras solares são as principais causas, aparecendo em outras áreas do corpo para além do rosto (braços, parte superior do tronco, pescoço e costas), dependendo do grau de exposição solar a que estas zonas são submetidas. São muito comuns em crianças e até mesmo em adultos, mas têm tendência a desaparecer com o passar do tempo.
E se as efélides têm tendência a desaparecer com a idade, os lentigos actínicos são exatamente o contrário. Também conhecidos como manchas senis, este tipo de sardas na pele são manchas amareladas, avermelhadas ou com tons de castanho, que não desvanecem com o tempo e que geralmente se desenvolvem em adultos com mais de 40 anos. A exposição desprotegida ao sol, associada a fatores de envelhecimento da pele, está na origem do aparecimento de lentigos actínicos. Há outro tipo menos comum, as sardas brancas na pele, ou hipomelanose gutata idiopática, que, como o nome indica, é provocada por um déficit na produção de melanina, resultando em manchas hipopigmentadas/brancas.
Tratamento e prevenção de sardas:
Uma vez que as sardas no rosto são quase sempre inofensivas, não há necessidade de as tratar. Mas quer prevenir o seu aparecimento? Como a exposição ao sol é a causa número um para o desenvolvimento de sardas, a melhor maneira de evitá-las é proteger a pele dos raios UV.
- Aplique diariamente um protetor solar de amplo espectro, resistente à água, com fator de proteção solar (FPS) elevado, mesmo em dias nublados e no inverno.
- Use chapéu, óculos de sol com proteção UV e evite andar ao sol nas horas de maior incidência dos raios UV. Para garantir que encontra o protetor solar adequado para si.