Centenas de voos foram cancelados ou remarcados nesta quarta-feira (28) na Argentina devido a uma greve de 24 horas dos sindicatos da aviação que exigem melhores salários, observou a AFP.

A Associação dos Funcionários Aeronáuticos (APA), dos Pilotos de Companhias Aéreas (APLA) e a União de Funcionários Superior e Profissional das Empresas Aerocomerciais (UPSA) entraram em greve após considerarem insuficiente a oferta de reajuste salarial de 12% apresentada pelas empresas do setor, depois que a inflação de janeiro fechou em 20,6% e com a taxa interanual superando 254%.

No caso da Aerolíneas Argentinas, companhia de bandeira local, a greve obrigou a remarcação de 330 voos, o que afeta “cerca de 24 mil passageiros, dos quais 18 mil são voos domésticos, 3 mil são destinos regionais e outros 3 mil são voos internacionais”, disse em um comunicado.

O aeroporto Jorge Newbery, na capital argentina, continua sem operações.

O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, condenou, nesta quarta, a “irresponsabilidade de um grupo que deixou 35 mil pessoas sem poder viajar”.

“São 35 mil pessoas que perderam uma oportunidade de emprego, de lazer ou de qualquer outra índole”, disse Adorni durante uma coletiva de imprensa.

O aeroporto Jorge Newbery, que atende à capital argentina, permanece inoperante.

“Tínhamos voo hoje para Santiago (do Chile) pela Aerolíneas Argentinas, chegamos aqui e nada”, disse à AFP Leonardo Torres, turista chileno que buscava informação no terminal aéreo da capital. “Ontem à noite nos avisaram às onze e meia, por e-mail, mas estávamos fora e não sabemos o que fazer agora”, acrescentou.

Os sindicatos explicaram que as empresas foram notificadas da greve com tempo suficiente para remarcar os voos, o que a maioria das companhias fez.

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