Os Estados Unidos impuseram sanções, nesta segunda-feira (4), ao presidente do Zimbábue, Emmerson Mnangagwa, e a outros altos funcionários, ao acusá-los de violações dos direitos humanos e corrupção no país africano.

As sanções de Washington, que implicam no bloqueio de qualquer propriedade nos Estados Unidos dos afetados e qualquer viagem não oficial ao país, substituem um programa de sanções mais amplo adotado duas décadas atrás contra o Zimbábue por suas políticas oficiais.

“As mudanças que estamos fazendo hoje têm como objetivo deixar claro o que sempre foi uma verdade: nossas sanções não estão voltadas a atacar o povo do Zimbábue”, assinalou ao realizar o anúncio o secretário adjunto do Tesouro, Wally Adeyemo.

“Estamos reorientando nossas sanções para objetivos claros e específicos: a rede criminosa do presidente Mnangagwa composta por funcionários governamentais e empresários que são os principais responsáveis da corrupção e dos abusos aos direitos humanos contra o povo do Zimbábue”, afirmou.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que as novas medidas são parte de uma “política de sanções mais fortes e específicas” contra as autoridades do Zimbábue e expressou sua preocupação pelos “casos graves de corrupção e abuso dos direitos humanos”, como mortes arbitrárias, abusos físicos e sequestros.

Mnangagwa é o segundo governante consecutivo do Zimbábue a enfrentar sanções dos Estados Unidos, depois do veterano Robert Mugabe.

Nesta segunda-feira, o presidente Joe Biden pôs fim ao programa de sanções anterior imposto em 2003 sob o governo do republicano George W. Bush.

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