Os Estados Unidos apresentaram, nesta quinta-feira (12), aos países-membros da ONU, restos e componentes de drones militares iranianos que afirmam ter recuperado na Ucrânia, prova, segundo o Pentágono, de uma relação “profunda” entre Teerã e Moscou.

Esta é a primeira vez que a Agência de Inteligência de Defesa (DIA, na sigla em inglês) exibe à missão americana na ONU carcaças, motores e componentes de drones militares fabricados pelo Irã, incluídos os “veículos aéreos não tripulados” (UAV) Shahed 101, Shahed 131 e Shahed 136, que Washington diz ter “recuperado” no campo de batalha na Ucrânia.

Na noite de quarta-feira, funcionários da DIA mostraram a quatro jornalistas diversos resquícios de drones militares suicidas, encontrados no Iraque em 2021 e 2022, e os compararam com outros “quase idênticos” achados na Ucrânia em 2022.

Os mesmos destroços foram apresentados nesta quinta a representantes de “mais de 40 países” e ao Secretariado-Geral da ONU, segundo a missão americana.

“Os sistemas são do mesmo tamanho, têm a mesma forma e foram construídos com materiais e componentes similares”, segundo a DIA. Outra prova, de acordo com o Pentágono, de que os UAV são iranianos é sua “estrutura alveolar”, “quase seguramente” a marca registrada de Teerã, segundo outro analista da agência de inteligência.

O Irã é muito próximo da Rússia e tem sido acusado por meses pelos países ocidentais de entregar grandes quantidades de drones, em particular explosivos, ao Exército russo para ajudá-lo em sua guerra na Ucrânia, o que Teerã nega.

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