Forças militares americanas e britânicas lançaram ataques contra 18 alvos huthis no Iêmen, informou o Pentágono neste sábado (24), após semanas de ofensivas reiteradas destes rebeldes pró-iranianos contra a navegação no Mar Vermelho, segundo um comunicado conjunto.

Os “ataques necessários e proporcionais se dirigiram especificamente a 18 alvos huthis em oito locais do Iêmen”, incluindo armazéns de armas, drones, sistemas de defesa aérea, radares e um helicóptero, informou o Departamento da Defesa a respeito da operação.

O comunicado também foi assinado por Austrália, Bahrein, Dinamarca, Canadá, Países Baixos e Nova Zelândia, que deram um “apoio” não especificado à nova rodada de ataques, a segunda deste mês e a quarta desde que os huthis começaram a assediar embarcações nesta rota marítima vital.

“Os mais de 45 ataques realizados pelos huthis contra embarcações comerciais e militares desde meados de novembro constituem uma ameaça para a economia mundial, assim como para a segurança e a estabilidade na região, e exigem uma resposta internacional”, diz a nota.

A operação deste sábado ocorre depois que vários navios mercantes foram atacados esta semana na região, entre eles o Rubymar, carregado com fertilizantes, cuja tripulação teve que abandonar após ser impactado no domingo e começar a naufragar.

Além das operações conjuntas com o Reino Unido, os Estados Unidos também têm lançado ataques unilaterais contra posições e armamentos huthis, alegando autodefesa.

“Os Estados Unidos não vão hesitar a tomar medidas, segundo seja necessário, para defender vidas e o livre fluxo do comércio em uma das vias navegáveis mais críticas do mundo”, disse o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, em um comunicado publicado após os ataques.

“Continuaremos deixando claro aos huthis que assumirão as consequências se não frearem seus ataques ilegais, que prejudicam as economias do Oriente Médio, causam danos ambientais e interrompem a entrega de ajuda humanitária ao Iêmen e a outros países”, acrescentou.

Os huthis dizem atacar navios vinculados a Israel em apoio aos palestinos em Gaza, assolada pela guerra entre Israel e o grupo islamista Hamas.

Após ataques americanos e britânicos anteriores, os rebeldes declararam que os interesses destes dois países também eram alvos legítimos.

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