Os Estados Unidos afirmaram, nesta segunda-feira (8), que continuam sendo contra uma ofensiva israelense na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que havia uma data para o ataque.

O governo do presidente Joe Biden pediu a Israel que apresente um plano para proteger os civis em Rafah, onde cerca de 1,5 milhão de palestinos se refugiaram da guerra iniciada há seis meses.

“Deixamos claro para Israel que acreditamos que uma invasão militar em grande escala de Rafah teria um efeito enormemente prejudicial para esses civis e que, em última instância, prejudicaria a segurança de Israel”, declarou a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, ao ser questionado sobre as falas de Netanyahu.

“Não se trata só de Israel apresentar um plano. Deixamos claro que acreditamos que há uma forma melhor de conseguir o que é um objetivo legítimo, que é subjugar e desmantelar e derrotar os batalhões do Hamas que ainda permanecem em Rafah”, acrescentou.

Netanyahu não especificou quando começaria a incursão na cidade, mas disse: “Isso vai acontecer, há uma data”.

Na semana passada, Biden alertou que o apoio dos Estados Unidos estava em jogo a menos que Israel abordasse as preocupações humanitárias.

Miller elogiou algumas medidas de Israel, como o aumento da entrada de caminhões de ajuda em Gaza e a criação de uma unidade militar para coordenar-se com os trabalhadores humanitários e evitar problemas.

“Embora recebamos com satisfação essas medidas iniciais, é crucial reconhecer que ainda há muito a ser feito. Muitos palestinos de Gaza correm risco de fome e todos, cada um dos homens, mulheres e crianças de Gaza, estão em insegurança alimentar”, afirmou Miller.

“Esperamos que Israel aplique plenamente seus compromissos com rapidez e monitoraremos essa aplicação”, acrescentou. “Em última instância, o que importa são os resultados e os julgaremos por eles.”

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