SÃO PAULO, 23 JUN (ANSA) – A brasileira Juliana Marins, que estava desaparecida desde a última sexta-feira (20) após um acidente no vulcão do Monte Rinjani, na Indonésia, foi localizada pela equipe de resgate.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (23) pela família da jovem nas redes sociais, relatando que o local onde ela está “é extremamente severo”, repleto de obstáculos que dificultam o acesso dos socorristas.
Desta forma, o resgate da brasileira precisou ser interrompido em decorrência das adversidades de natureza climática, geográfica e logística.
“Conseguimos a confirmação que o resgate conseguiu localizar novamente a Juliana e está, neste momento, descendo até o local onde ela foi avistada”, escreveu a família pouco antes das buscas serem interrompidas.
Na ocasião, os parentes de Juliana também reclamaram da paralisação e apontaram negligência das equipes, além de pedirem urgência das iniciativas para resgatar a brasileira que permanece “sem água, comida e agasalhos por três dias”.
Entretanto, em uma publicação mais recente no Instagram, a família divulgou um vídeo no qual confirmou que “dois alpinistas bem experientes da região estão indo ao encontro do local do acidente de Juliana”.
“Não temos a informação se eles conseguirão dar continuidade ao resgate durante a noite, mas sabemos que há um bom reforço com equipamentos específicos para acompanhar a equipe que já está no local”, acrescentou.
Juliana tem 26 anos, é de Niterói, no Rio de Janeiro, e decidiu viajar sozinha pela Ásia, passando por Filipinas, Vietnã e Tailândia até chegar à Indonésia, no fim de fevereiro. No país, segundo o “Fantástico”, da Globo, ela se juntou a um grupo de cinco turistas, incluindo a italiana Federica Matricardi, e um guia para escalar o Monte Rinjani, com mais de 3 mil metros de altura.
Na entrevista, Matricardi destaca ter conhecido a brasileira um dia antes da trilha e relembrou o esforço da aventura, além da decepção com a vista encoberta por neblina. “Estava muito frio, e foi muito difícil (…) começamos a caminhar juntas e alguns rapazes foram mais rápido”, lembrou a italiana ao “Fantástico”.
De acordo com as autoridades locais, Juliana despencou cerca de 300 metros abaixo da trilha, perto do ponto mais alto da montanha. Horas depois, ela foi localizada com a ajuda de um drone, presa em uma fresta de uma pedra, com dificuldade para se movimentar.
Desde então, a família da brasileira tem divulgado os esforços para o resgate na trilha do Monte Rinjani, considerada uma das mais difíceis para turistas na Indonésia. (ANSA).