O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) fecharam a captação de US$ 750 milhões junto ao banco multilateral para que o BNDES repasse por meio de suas linhas e programas destinados à micro, pequenas e médias empresas.

Segundo o BNDES, que informou sobre a operação nesta terça-feira, 28, os recursos fazem parte de um contrato assinado pelas duas instituições, no último dia 5 de junho, para a defesa do setor produtivo e do emprego no Brasil, no valor total de US$ 900 milhões, dos quais o BNDES participa com US$ 150 milhões.

“Com esse acordo, seguimos no compromisso de ampliar o acesso ao crédito aos empreendedores brasileiros, especialmente neste momento de aversão ao risco, com custo financeiro mais justo, sem subsídio ou impacto ao Tesouro Nacional. Estas empresas são as maiores empregadoras do País”, afirmou em nota o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

No ano passado, os desembolsos para MPMEs foram de cerca de R$ 40 bilhões, setor que responde por cerca de 70% das ocupações formais no país.

De acordo com a diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis, Natália Dias, “o BNDES estará mais ativo para fazer captações nos mercados bancários e de capitais”. “O engajamento internacional do governo federal reativou relações históricas do BNDES com organismos bilaterais e multilaterais, que têm se mostrado como fontes muito competitivas para a captação, além de complementar e alavancar os recursos à disposição do BNDES para financiamento de investimentos no Brasil”, afirmou.

O BID é a principal fonte de financiamento multilateral para o desenvolvimento econômico, social e institucional na América Latina e no Caribe. A instituição é historicamente o principal credor internacional do BNDES e, atualmente, há uma série de iniciativas em andamento com a instituição em diferentes áreas e projetos nos setores de segurança pública, concessão florestal, digitalização, ampliação do acesso a crédito pelas MPMEs e apoio a projetos de infraestrutura social.

No âmbito da parceria estratégica, as instituições discutem ainda o lançamento de uma coalizão de bancos de desenvolvimento para coordenar a atuação na região amazônica, visando soluções conjuntas de financiamento para o desenvolvimento sustentável da região, que contemplem soluções regionalizadas, maior dinamização das fontes financiadoras e a mobilização de recursos para a criação de alternativas à economia local.