A atividade na zona do euro se desacelerou em relação a 2022, mas este ano será “muito melhor” do que o esperado, apesar da inflação e da crise energética — afirmou a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nesta quinta-feira (19).

“As notícias se tornaram muito mais positivas nas últimas semanas”, o que significa que este ano “não será brilhante, mas será muito melhor do que se temia”, disse Lagarde, no Fórum Econômico Mundial, que acontece em Davos, Suíça.

O mercado de trabalho — na Europa, especificamente — “nunca esteve tão dinâmico”, com o número de desempregados “no nível mais baixo dos últimos 20 anos”, acrescentou.

Lagarde se referiu à Alemanha, em particular, a maior economia europeia. Segundo declarações de ontem (18) do chanceler alemão, Olaf Scholz, a economia não entrará em recessão em 2023, a despeito da situação ainda tensa decorrente da crise energética.

Lagarde destacou, no entanto, os dados de inflação, que continuam “muito elevados”, ainda que a alta dos preços tenha diminuído depois de atingir um teto de mais de 10% em outubro.

“Nossa determinação no Banco Central é baixar (a inflação) para a meta de 2%”, tomando “todas as medidas para conseguir isso”, afirmou.

Desde julho, o BCE elevou suas taxas de juros em 2,5 pontos percentuais, uma alta sem precedentes. A instituição pretende manter essa orientação restritiva nos próximos meses, na tentativa de reduzir a inflação de forma permanente.