Após quase cinco horas, terminou na noite da segunda-feira, 4, o primeiro dia de discussões envolvendo o projeto de lei (PL) de privatização da Sabesp no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Duas novas sessões extraordinárias foram convocadas para esta terça-feira, 5, quando parlamentares da base esperam concluir as discussões para dar início, na quarta-feira, 6, à votação do projeto.

O regimento interno da Assembleia prevê que um PL em regime de urgência precisa de, no mínimo, seis horas de discussão para ser votado. As sessões desta terça-feira – para concluir esse requisito – podem ser iniciadas às 19 horas, ou 10 minutos após ser concluída da sessão ordinária da Casa, prevista para começar às 14h30.

Durante a sessão da segunda-feira, a oposição usou a maior parte do tempo regimental para falar contra o PL. Deputados criticaram a falta de clareza em diversos pontos do texto e a velocidade que ele avançou no legislativo, argumentando que a discussão acelerada era prejudicial para o debate.

A oposição alegou falta de informações sobre quanto a desestatização da empresa deve arrecadar para os cofres públicos e ausência de detalhes sobre como se daria a redução da tarifa prometida pelo governo.

Marcando presença mais ao final do dia, a oposição foi alvo de vaias de críticas por parte da população que estava na tribuna do plenário. Os deputados Lucas Bove (PL) e Gil Diniz (PL), que passaram o dia reunidos com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), foram ao plenário defender a privatização da estatal. Neste primeiro dia, no entanto, a avaliação da base era que não valia a pena preencher o tempo já que a posição tinha assumido esse papel.

Bove, inclusive, foi alvo de críticas por parte do presidente da Casa, deputado André do Prado (PL) por repetidamente se dirigir à Tribuna e “tumultuar” a sessão.