‘Ágora flutuante’ será pavilhão da Itália na COP30 de Belém

RIO DE JANEIRO, 13 JUN (ANSA) – Por Patrizia Antonini – “Uma ponte entre passado e presente, entre civilização e natureza.   

Uma plataforma de baixo impacto para o diálogo sobre o clima.” Estes são os conceitos que fundamentam a AquaPraça, uma praça cultural flutuante projetada pelos estúdios de arquitetura Carlo Ratti Associati e Höweler + Yoon para ser o pavilhão da Itália na COP30, em Belém.   

“Uma ágora de caráter único, que será o elemento central do Pavilhão Itália na COP30, em Belém, de 10 a 21 de novembro, e que terá uma segunda vida após a conferência internacional, integrando-se à paisagem da cidade às portas da Amazônia”, explica Ratti em entrevista à ANSA.   

O arquiteto acaba de retornar do Brasil, onde, durante uma visita técnica, acertou com as autoridades locais a logística da AquaPraça, que, durante a cúpula climática, “ocupará um espaço em frente ao centro cultural Casa das Onze Janelas, coração pulsante da cidade”.   

Completando o pavilhão italiano, “haverá também a TerraPraça”, diz Ratti, atualmente em fase de definição. A plataforma flutuante, feita em aço, “se adaptará às mudanças do nível do mar graças a tecnologias de submarinos e explorando o princípio de Arquimedes”, explica Ratti.   

“Retendo e liberando água, a AquaPraça se recalibra constantemente, permitindo que o público experimente as flutuações dinâmicas do aumento do nível do mar na altura humana, criando novas perspectivas sobre os sistemas naturais e urbanos”, afirma.   

O projeto, com uma área de mais de 400 metros quadrados, “recorta um espaço público do mar, criando um diálogo físico entre construção e natureza, com capacidade para 150 pessoas em exposições, workshops, simpósios e eventos culturais”, comenta o arquiteto.   

A obra está sendo construída no nordeste da Itália pela Cimolai, empresa líder em estruturas de aço, e será apresentada na 19ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza em 4 de setembro de 2025, antes de iniciar sua viagem pelo Atlântico.   

“A infraestrutura foi viabilizada por uma coalizão público-privada internacional única em seu gênero”, conclui Ratti. Lançada em colaboração com os ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente da Itália, conta também com o apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, da Bloomberg Philanthropies, do programa Connect4Climate do Banco Mundial e do Centro Internacional para Estudos Agronômicos Avançados Mediterrâneos (Ciheam) de Bari. (ANSA).