Uma veemente defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos no Mercosul veio da fala de um conservador: o novo presidente da Argentina, Mauricio Macri. No encerramento da Reunião de Cúpula, na segunda-feira 21, pela primeira vez os países membros se comprometeram oficialmente a “promover e proteger os direitos humanos”, sob pena, inclusive, de serem multados em caso de “omissão”. Macri, durante a reunião, disparou contra a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez, representante oficial do presidente Nicolás Maduro: “No Mercosul não pode haver lugar para perseguição política por razões ideológicas nem privação ilegítima da liberdade por pensar diferente. Quero pedir expressamente diante de todos os queridos presidentes a imediata liberação dos presos políticos na Venezuela”. Delcy, naturalmente, saiu em defesa de seu país e disse que ele, Macri, em seu primeiro ato como presidente libertara torturadores da ditadura que estavam presos. Esse fato nunca ocorreu.