AROEIRA/O DIA

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O cacique paga a conta

O deputado Inocêncio Oliveira (PFL-PE) ainda não desistiu da disputa pela presidência da Câmara. Mas tem dito a amigos que, se o tucano Aécio Neves (MG) vencer, já sabe a quem responsabilizar: o cacique Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), que lhe tirou o apoio do PMDB à sua cruzada pessoal contra a eleição de Jader Barbalho para presidente do Senado. Inocêncio lembra que, por duas vezes, abriu mão da presidência da Câmara. A primeira, em favor da eleição de Luiz Eduardo Magalhães, e a segunda para que o próprio ACM se elegesse presidente do Senado. Agora Inocêncio vem argumentando com seus amigos que, se perder, terá sido por uma bruta traição e que “isso não vai ficar assim”. Diz-se dos sertanejos de Serra Talhada, a cidade de Inocêncio, que eles são bons em duas coisas: em espingarda e no empenho da palavra.

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Bahia X Bahia

O Conselho Nacional de Desestatização editou resolução, no último dia 14, mandando Furnas, Nuclebras e Chesf cobrirem o rombo de R$ 1,5 bilhão dos fundos de pensão de seus funcionários. Uma medida contrária às intenções do Ministério da Previdência, que eram de intervir nestes fundos. Em outras palavras: é briga do ministro das Minas e Energia, o baiano Rodolfo Tourinho, contra o ministro da Previdência, o também baiano Waldeck Ornelas.

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Ciro para os íntimos

Um grupo de cinco grandes empresários paulistas pagou o preço de uma palestra para ouvir o candidato do PPS, Ciro Gomes, falar somente com eles. Ciro reafirmou: se o governador tucano do Ceará, seu amigo Tasso Jereissati, for mesmo candidato a presidente, ele desiste. Mas aposta todas as suas fichas que Tasso não será o escolhido de FHC.

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Bornhausen sai de campo

Antes de se reunir com Antônio Carlos Magalhães na manhã de terça-feira 19, o vice-presidente, Marco Maciel, pediu apoio ao presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Queria que ele o ajudasse na dura tarefa de convencer ACM a parar de bater no governo. Ouviu de Bornhausen algo mais ou menos assim: “Não dá. Não aguento mais.”

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Criador e criatura

José Sarney (PMDB-AP) bem que tentou evitar poses solenes durante a cerimônia de casamento em Salvador de Paula Pimentel Maron de Magalhães, neta do presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Mas, na hora da recepção, ele não teve escapatória. ACM fez questão de puxar para perto seu candidato anti-Jader Barbalho a presidente do Senado. Resultado: a foto acima, de Ricardo Stuckert, que o ex-presidente da República tanto queria evitar.

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Jeito FHC de ser

O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, montou uma animada mesa em torno de Pedro Simon (PMDB-RS), na festa em que o senador recebeu o título de “Político do Ano”, concedido por ISTOÉ. Entusiasmado com a última pesquisa de opinião, que deu a Simon o menor índice de rejeição entre os candidatos à Presidência da República, Padilha acabou contando uma conversa recente com Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, o tucano FHC afirmou: “Se Simon modernizar um pouquinho seu discurso, ele vence as eleições.”

 

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Rápidas

Patrícia Pilar festeja o Ano Novo com Ciro Gomes enquanto se prepara para estrelar a nova novela do horário nobre da Globo em 2001. Ele em campanha, ela firme na telinha.

O juiz Nicolau Lalau avisou a seus interlocutores na Polícia Federal. Tem farta experiência na comunidade de informações e sabe o preço de abrir o bico. Ficará calado.

Em Ipu, interior do Ceará, começou uma nova onda com administradores gastadores em fim de mandato. A população simplesmente sai às ruas para linchar o prefeito.