As pílulas anticoncepcionais mais modernas nem se comparam às primeiras versões do medicamento, lançado há mais de 40 anos. Elas contêm cada vez menos estrógeno e progesterona, dois hormônios associados a efeitos colaterais como inchaço e aumento de peso. Por isso, são chamadas de pílulas de baixa dosagem. Na semana passada, chegou às farmácias a mais nova representante dessa classe de remédios. Trata-se do contraceptivo Minesse, do laboratório Wyeth, considerado o produto com menor dosagem hormonal disponível no mundo. Vendido em 14 países, tem 15 microgramas (mcg) de estrógeno por comprimido, enquanto os demais trazem entre 20 e 35 mcg (nos anos 70, a dose era de 50 mcg). “Minesse deve ser tomado por 24 dias consecutivos, três a mais do que o normal”, explica a ginecologista Cristina Guazzeli, da Universidade Federal de São Paulo, que participa de estudos sobre o comprimido. Esse tempo extra de uso pode reduzir o fluxo ou até suspender a menstruação. Outra novidade, com lançamento no Brasil previsto para 2003, é a pílula Yasmin, da Schering, já comercializada em países europeus. O produto é feito com uma progesterona sintética criada pelo laboratório que promete inibir a retenção de água, justamente o que leva ao temido aumento
de medidas corporais.