Numa cerimônia discreta e restrita a familiares, o artista plástico venezuelano Jesús-Rafael Soto, 81 anos, foi sepultado na quarta-feira 19, no cemitério parisiense de Montparnasse. Ele morava na França havia cinco anos. Os organizadores da exposição Soto: a construção da imaterialidade, no CCBB do Rio de Janeiro, com inauguração na terça-feira 25, se surpreenderam quando o artista interrompeu a sua comunicação com o Brasil alguns dias antes da abertura da mostra, embora a sua presença estivesse programada na inauguração. Na terça-feira 18, soube-se que Jesús-Rafael Soto estava profundamente doente e em estado terminal. A causa da morte permaneceu cercada de mistério, que só foi quebrado por um jornal venezuelano que a atribui genericamente a um câncer. Entre os poucos participantes da cerimônia fúnebre estiveram sua mulher, Helène, seus quatro filhos e netos. Soto é considerado um dos mais importantes artistas latino-americanos, expoente da arte construtiva e cinética. A reportagem sobre a mostra Soto: a construção da imaterialidade, fechada antes da notícia de seu falecimento, pode ser lida aqui. Há nela uma incorreção aqui esclarecida: onde se lê “até a quinta-feira 20 os organizadores estavam tensos com a notícia de que o artista, de 82 anos, estaria gravemente doente”, leia-se: até a terça-feira 18 os organizadores estavam tensos com a notícia de que o artista, de 81 anos, estaria gravemente doente. Apesar de informações desencontradas sobre a data de sua morte, o Consulado da França crava a sexta-feira 14 como a data do falecimento de Soto.