A Bolsa de Nova York fechou em baixa nesta terça-feira (2), em um dia de preocupação nos mercados devido ao aumento das taxas dos títulos do Tesouro e dos preços internacionais do petróleo.

No entanto, o mercado não entrou em pânico. O índice industrial Dow Jones cedeu 1,00% no fechamento, o tecnológico Nasdaq perdeu 0,95%, e o índice amplo S&P 500 baixou 0,72%.

“O aumento das taxas dos títulos é uma desculpa para retirar um pouco de dinheiro da mesa e realizar alguns lucros”, explicou Patrick O’Hare, do site especializado Briefing.com.

O rendimento dos títulos do Tesouro a 10 anos alcançou 4,40%, pela primeira vez em mais de quatro meses.

Essa tensão se deve à publicação de dados positivos na indústria manufatureira dos Estados Unidos na segunda-feira, especialmente em relação aos preços, que mostram uma inflação ainda persistente.

Para O’Hare, Wall Street também ressentiu o aumento do petróleo, que atingiu o máximo em cinco meses devido à degradação da situação geopolítica no Oriente Médio.

Além disso, os investidores viram no relatório de empregos JOLTS desta terça-feira uma nova indicação de que a maior economia do mundo continua forte, apesar das altas taxas de juros.

O documento mostrou que, em fevereiro, a taxa de demissões foi inferior ao registro pré-pandemia de covid-19.

O mercado também recebeu más notícias de algumas empresas, como o conglomerado PVH Corp (-22,22%), que controla as marcas Calvin Klein e Tommy Hilfiger.

Nesta terça-feira, também caíram os valores do setor de seguros de saúde, especialmente UnitedHealth Group (-6,44%), que representa mais de 8% do Dow Jones, e Humana (-13,41%) ou CVS Heatlth (-7,21%).

Isso ocorreu em reação à decisão do governo dos EUA de fixar as tarifas de seu programa de cobertura de saúde Medicare Advantage em um nível mais baixo do que o esperado, o que prejudica suas margens de lucro.

No final do pregão, os índices se recuperaram um pouco e limitaram suas perdas.

“Não há sensação de pânico”, resumiu O’Hare. É uma “consolidação ordenada”, acrescentou.

Entre os destaques do dia, a fabricante de automóveis elétricos Tesla esteve na lista de perdedores com uma queda de 4,97%, após divulgar números de vendas significativamente inferiores ao esperado para o primeiro trimestre.

tu/liu/mr/llu/am