A Comissão Europeia anunciou, nesta terça-feira (30), inspeções surpresa em empresas de pneus em vários países do bloco devido a suspeitas de acordos de preços que violam as leis de concorrência.

A Comissão, braço executivo da União Europeia e responsável pelas normas antimonopólio, informou em comunicado que “houve coordenação de preços entre as empresas” sujeitas à inspeção.

Embora a Comissão não tenha divulgado quais são as empresas, a gigante francesa Michelin confirmou que foi uma das empresas afetadas e negou qualquer formação de cartel. Em uma mensagem à AFP, a Michelin negou “categoricamente a existência de práticas anticompetitivas, como as evocadas pela Comissão Europeia, e, a fortiori, qualquer prática de coordenação de preços”.

A empresa americana Goodyear também admitiu ter recebido a visita dos inspetores. “Nossos escritórios europeus foram alvo de inspeções não programadas. É prematuro especular exatamente o que pode ter acontecido, mas estamos cooperando totalmente”, disse um porta-voz à AFP.

A gigante alemã de pneus Continental também confirmou à AFP que estava entre as empresas inspecionadas. “Podemos confirmar que a partir de hoje [terça-feira], investigações estão em andamento por parte das autoridades antimonopólio europeias na Continental na Alemanha”, disse um porta-voz da empresa.

O mesmo ocorreu com a finlandesa Nokian. “A Nokian Tyres não pode fazer comentários sobre uma investigação em andamento. A empresa está cooperando totalmente com as autoridades”, informou a empresa.

As inspeções se concentram em pneus novos para veículos de passageiros, furgões, caminhões e ônibus vendidos no Espaço Econômico Europeu (EEE), que inclui os 27 Estados-membros da União Europeia, além de Islândia, Liechtenstein e Noruega.

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