A líder camponesa Celinda Sosa foi empossada nesta segunda-feira (27) como nova ministra das Relações Exteriores da Bolívia, com a promessa de continuar a defesa da causa palestina, após La Paz romper relações diplomáticas com Israel por seus ataques na Faixa de Gaza.

“Da chancelaria da Bolívia, continuaremos na defesa do povo palestino à autodeterminação e à construção de seu próprio Estado livre, independente e soberano”, afirmou Sosa após ser empossada no cargo pelo presidente de esquerda Luis Arce.

Bolívia rompeu no final do mês passado suas relações diplomáticas com Israel em “repúdio” à ofensiva militar em Gaza em resposta ao ataque do grupo islamista palestino Hamas dias antes.

O Ministério das Relações Exteriores israelense respondeu na época que La Paz mostrou uma “capitulação diante do terrorismo”.

Sosa, de 60 anos, substitui no cargo o advogado Rogelio Mayta, que renunciou há mais de duas semanas para assumir como juiz no Tribunal da Comunidade Andina de Nações (CAN).

A chanceler foi uma das fundadoras em 1983 do Sindicato de Mulheres Camponesas do departamento de Tarija (sul) e depois líder da organização matriz, a Confederação Sindical Única de Trabalhadores Camponeses da Bolívia.

Entre 2006 e 2007, ela foi ministra da Produção do presidente indígena Evo Morales (2006-2019) e ocupou vários cargos estatais.

Arce destacou nesta segunda-feira que Sosa é “uma mulher comprometida com o processo de mudança desde o seu início”.

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