Os juros futuros rondam a estabilidade, com predomínio do viés de alta, em ajuste à queda de ontem. O otimismo com o governo Bolsonaro e a desvalorização do dólar à vista influenciam as taxas em baixa, porém, o dólar futuro no contrato para fevereiro, com ganho, atua no sentido contrário. Às 10h30 devem ser divulgados os lotes de títulos ofertados pelo Tesouro Nacional no primeiro leilão de 2019, o que pode estimular avanço. Mas operadores pontuam que a liquidez é fraca nesta manhã.

Às 9h45, o DI para janeiro de 2021 apontava taxa de 7,26%, máxima, ante 7,22% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2023 projetava 8,44%, de 8,39%. O dólar à vista caía 0,09%, a R$ 3,8007, e o para fevereiro subia 0,47%, a R$ 3,8085.

Ontem, houve queda, induzida pelo otimismo dos investidores com o governo Bolsonaro e melhora de percepção da tramitação da reforma da Previdência – com o acordo PSL/Rodrigo Maia (indicação de apoio do partido ao parlamentar do DEM na disputa pela presidência da Câmara). A aproximação foi interpretada como favorável à aprovação de reformas.

A agenda doméstica tem como destaque a primeira reunião ministerial conduzida pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta manhã. O Tesouro oferta Letras do Tesouro Nacional (LTN) para os vencimentos de 1/4/2020, 1/04/2021 e 1/7/2022. E Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) para 1/1/2025 e 1/1/2029. O acolhimento das propostas ocorre das 11h30 às 12h e o resultado é divulgado a partir das 12h15. Em dias de leilão, o mercado costuma puxar as taxas, de forma a pressionar o Tesouro por rendimentos mais elevados.