Presidente interino da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Pedro Rocha foi acusado, nesta sexta-feira, por suposta corrupção durante o mandado de Luis Rubiales, dirigente suspenso pela Fifa, por três anos, por beijo forçado na jogadora espanhola Jenni Hermoso durante a celebração do título mundial de futebol feminino, em agosto de 2023, em Sydney, na Austrália.

Rubiales, inclusive, chegou a ser preso, no dia 3 de abril, no Aeroporto Adolfo Suarez-Barajas, em Madrid, quando retornava da República Dominicana. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro, corrupção e organização criminosa. Ele foi liberado após prestar depoimento, mas continua sendo investigado.

Já Pedro Rocha foi nesta sexta-feira prestar depoimento como testemunha no Tribunal Superior de Justiça de Madri (TSJM) e deixou o local como um dos acusados. “A magistrada titular (…) concordou na manhã de hoje (sexta-feira) mudar a condição processual de Pedro Rocha de testemunha para investigado” pelo “caso Brody”, informou o TSJM.

Segundo o tribunal, os supostos crimes cometidos por Pedro Rocha serão revelados nos próximos dias, assim como a data do próximo depoimento do dirigente, que é o único candidato à presidência da RFEF, que acontecerá no dia 6 de maio.

Durante as investigações, a polícia realizou buscas em 11 locais, incluindo a sede da RFEF, em Madri. A casa de Rubiales, em Granada, também foi um dos alvos.

O caso, que vem sendo apreciado por um juiz do Tribunal Nacional, corre à margem de uma investigação: a dos contratos da Real Federação Espanhola de Futebol, como o da transferência da realização da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita.