Vladimir Putin, o autocrata presidente da Rússia, ultrapassou todos os limites de insanidade na guerra contra a Ucrânia que ele começou em fevereiro desse ano. Seu maior trunfo é o blefe, e nele caíram a União Europeia e os EUA ao não mobilizarem as forças da OTAN para uma resposta imediata. Assim, Putin avançou. E avança. Na semana passada, arrasou o país que elegeu como inimigo, valendo-se de seus drones kamikazes de fabricação iraniana. E decretou estado de emergência nas regiões anexadas e alerta máximo na Russia.

LUTA DESIGUAL Policial ucraniano atira contra drone kamikaze: infraestrutura energética arruinada

Os ataques atingiram a infraestrutura energética — o plano de Putin é óbvio: matar ucranianos por meio das temperaturas geladas que virão com o inverno que se avizinha. Imagens mostram cenas apavorantes: os drones sobrevoando baixo e colidindo com o solo para explodirem e causarem destruição. Autoridades da Ucrânia declararam que pelo menos quarenta e três drones foram lançados. Detalhe: o bombardeio aconteceu poucos dias depois de Putin mentir que diminuiria a intensidade dos ataques — claro que disse isso para ver se os ucranianos descuidavam da defesa.

Putin é um jogador. É louco? Sim; é louco, mas não rasga rublo. Apenas com ajuda bélica da União Europeia, a Ucrânia afirma que conseguiu neutralizar e derrubar trinta e sete drones. A rigor, se isso de fato tivesse ocorrido, a destruição das redes de energia não teria sido tão drástica. Indague-se mais uma vez: Putin é louco? Novamente a resposta é sim, mas é um louco que em diversas ocasiões se demonstrou covarde.

Parece que, finalmente, os países membros da OTAN começaram a acordar para o fato de que ele avança na medida em que vê as nações mandando armas, mas não soldados à Ucrânia. O certo é que, antecipadamente, iniciaram-se os exercícios militares anuais das tropas da OTAN em território europeu. Putin entenderá o recado: com a OTAN atuando, o “general inverno” capitulará antes mesmo da chegada da estação em dezembro.

A nova luz de Davi

GALERIA A escultura de Davi: a Sala da Tribuna é uma das mais visitadas

Michelangelo Buonarroti foi um dos maiores artistas da história da humanidade. E a sua escultura do personagem bíblico Davi, feita entre 1501 e 1504, traduz-se em uma das principais peças renascentistas da Galeria Academia de Belas Artes de Florença.

Toda a Academia acaba de passar por reformas e está aberta ao público. O espaço destinado a Davi, obra esculpida em mármore em seus cinco metros e dezessete centímetros de altura, segue sendo o mesmo, mas foi aprimorado: há nova iluminação a realçar detalhes que antes eram quase imperceptíveis.

Trata-se de moderno sistema com claros holofotes de LED, instalados em círculo, também mais econômicos nesse momento de crise de energia na União Européia devido à guerra na Ucrânia. Tais holofotes fornecem nítida iluminação à Sala da Tribuna, onde está escultura.

Na Suíça, casados estão obrigados a tomar banho juntos

HETERODOXA Ministra Sommaruga: radicalismo do chuveiro

Há quem considere anti-higiênico. Há quem ache que o momento deixa de ser relaxante. Existe, ainda, quem julgue o fato como um ato extremamente excitante. Está-se falando de duas pessoas tomarem banho juntas. E por que se está falando disso? É que a ministra do Meio Ambiente da Suíça, Simonetta Sommaruga, vem sendo duramente criticada por ter decretado essa maneira de banhar-se no país, diante da proximidade de um rigoroso inverno.

Para a maioria da população, ela está incentivando “práticas imorais” em nome da economia de energia elétrica. Frente à revolta e às acusações, Simonetta modificou o decreto, mas insistiu em um ponto: marido e mulher seguem obrigados a entrar sob o chuveiro, um ao lado do outro (como a lei será fiscalizada, isso ela não sabe como explicar). Aos não casados, esse método de política econômica fica por conta de cada cidadã e cidadão.