As autoridades judiciais da Espanha anunciaram, nesta quinta-feira, que Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), vai colaborar nas investigações sobre o acordo comercial levou a realização da Supercopa da Espanha para a Arábia Saudita. O ex-dirigente está em viagem ao Caribe e, assim que retornar, vai auxiliar a polícia no caso.

Rubiales estava na República Dominicana quando a polícia invadiu uma propriedade que lhe pertencia em Granada, cidade localizada no Sul da Espanha. Os escritórios da Federação Espanhola de Futebol, em Madrid, também foram alvo da ação policial feita nesta quarta-feira, como parte da investigação de corrupção e lavagem de dinheiro.

Na investida, os agentes efetuaram sete prisões. Rubiales foi identificado como um dos cinco indivíduos adicionais sob averiguação.

Nas horas seguintes às operações ocorridas em Madri, Rubiales teria informado a um oficial do tribunal que estava disposto a cooperar com as autoridades e tinha planos de regressar no início de abril. Ele teria ressaltado ainda estar disposto a vir mais cedo caso seja solicitado por um juiz.

Nenhum mandado de prisão foi emitido pelo tribunal para Rubiales ou qualquer outra pessoa interessada no caso. O gabinete do Ministério Público espanhol disse que 11 instalações foram invadidas em busca de documentos na quarta-feira.

Durante seu tempo como presidente do futebol espanhol, Rubiales reformulou o formato da Supercopa da Espanha em 2020, criando um mini torneio de quatro equipes e transferindo a competição para a Arábia Saudita como parte de um acordo que supostamente valia 40 milhões de euros (pouco mais de R$ 218 milhões) para a federação.

Rubiales deixou o cargo em setembro depois de causar um escândalo internacional por beijar a jogadora espanhola Jenni Hermoso sem o seu consentimento na final da Copa do Mundo Feminina. Ele está enfrentando um julgamento por supostamente ter agredido sexualmente Hermoso e negou ter feito qualquer transgressão.