As negociações que abrem o caminho para um acordo entre os socialistas espanhóis e os líderes catalães para formar um novo governo na Espanha se concentravam, nesta segunda-feira (6), em questões “técnicas” da lei de anistia para os separatistas, disse uma fonte próxima das negociações.

O partido do líder catalão Carles Puigdemont, Junts per Catalunya (JxCat), e os representantes socialistas trocaram documentos para que a lei de anistia não tenha fissuras que possam ser questionadas na Justiça.

Uma fonte, que pediu anonimato, afirmou que juristas das duas partes trocaram documentos, ajustando “aspectos técnicos” do texto da lei, de modo a abrir caminho para um acordo.

A lei “tem que estar fechada até o último parágrafo”, acrescentou.

O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), liderado pelo primeiro-ministro Pedro Sánchez, tem até 27 de novembro para chegar a um acordo que garanta o apoio dos separatistas catalães e formar um novo governo.

Em troca desses sete votos fundamentais no Congresso espanhol, os independentistas catalães exigiram uma lei de anistia para os separatistas processados pela tentativa fracassada de secessão da Catalunha em 2017.

Nessa corrida contra o tempo, a troca de documentos técnicos entre catalães e socialistas foi ininterrupta, e a fonte consultada insistiu em que “não há nomes próprios na mesa de negociações”.

Os dois partidos, acrescentou a mesma fonte, não se reúnem presencialmente desde segunda-feira da semana passada (30), quando Puigdemont recebeu em Bruxelas o secretário de Organização do PSOE, Santos Cerdán.

O acordo parecia iminente na última quinta-feira (2), quando a liderança permanente do JxCat fez uma reunião em Bruxelas. No final, o esperado anúncio não ocorreu.

O PSOE já chegou a um importante acordo sobre esta lei com o outro grande partido independentista catalão, a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), que atualmente governa essa região.

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