O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira, 7, que o cenário de inflação é mais benigno quando se olha para o quadro doméstico. “O que dá para dizer da fotografia do agora é que o quadro de inflação é mais benigno quando olho para o cenário doméstico. O que vem sendo feito é este ajuste no nível de contração da política monetária que permanece num estágio contracionista por todas as razões que a gente elencou na ata do porquê ele permanece nesta zona contracionista”, disse, em evento do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de São Paulo (Sescon-SP), que teve como tema “Perspectivas econômicas e o impacto para o futuro do País”.

Ao ser questionado sobre o que fazer com a taxa de juro real brasileira, a mais alta do planeta, ele se esquivou.

O diretor disse apenas que o Brasil hoje reúne características que, em comparação com seus pares, têm apresentado surpresas mais positivas.

Para elas se concretizarem, defendeu, é preciso que indicadores macroeconômicos mais relevantes, entre eles a taxa de juro, estejam em um nível que viabilize uma sociedade e economia desejadas de maneira mais duradoura.

“Ou seja, que a gente consiga ter uma inflação sob controle e um crescimento sustentável por um período mais longo. Isso depende de este preços estarem num patamar adequado de uma maneira duradoura”, explicou o Galípolo.