O chefe de Estado alemão pediu “perdão” nesta quarta-feira (1º) pelos abusos cometidos pelas forças coloniais de seu país na Tanzânia, durante uma visita a Songea, local da Rebelião Maji Maji no início do século XX.

“Como presidente, quero pedir perdão pelo sofrimento causado por alemães a vossos antepassados , disse Frank Walter Steinmeier, segundo o texto de seu discurso divulgado por seus serviços na Alemanha.

Entre 1905 e 1907, as tropas coloniais alemãs massacraram entre 200.000 e 300.000 representantes dos maji maji após um levante, segundo estimativas fornecidas por historiadores.

Steinmeier lembrou o destino do chefe Songea Mbano, líder da rebelião no momento, enforcado e decapitado por alemães junto com 66 de seus combatentes.

“Qualquer um na Alemanha que saiba mais sobre a história colonial alemã deve estar horrorizado pela magnitude da crueldade com a qual atuou o país”, continuou.

“Me envergonha o que os soldados coloniais alemães fizeram sofrer vossos antepassados”, declarou aos descendentes do chefe Songea, segundo o texto do discurso.

A visita à Tanzânia de Steinmeier, cujo cargo é essencialmente honorário na Alemanha mas que tem um papel de garantidor moral do país, ocorre ao mesmo tempo que a do rei Charles III ao Quênia, onde também condenou os abusos coloniais de seu país, o Reino Unido.

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