O professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) Moungi Bawendi é um dos vencedores do Prêmio Nobel de Química de 2023 por ajudar a desenvolver os “pontos quânticos”, mas em seus tempos de universitário, chegou a ter a nota mais baixa de sua turma.

Bawendi reprovou em seu primeiro exame de química na faculdade e relembrou que esta experiência quase o “destruiu”.

O tunisiano-americano de 62 anos contou à imprensa, nesta quarta-feira (4), que sempre teve facilidade em ciências durante o ensino médio, mas quando chegou à Universidade de Harvard, no final da década de 1970, viveu um choque que não esperava.

“Estava acostumado a não ter que estudar para as provas”, disse ele, acrescentando que se sentia intimidado tanto pelo tamanho de sua sala quanto pela presença severa de um supervisor.

“Olhei para a primeira pergunta e não soube resolvê-la, para a segunda e [também] não consegui”, lembrou ele. No final, recebeu uma nota 20 em um exame que valia 100, a mais baixa da turma.

“Pensei: ‘Meu Deus, esse é o meu fim, o que estou fazendo aqui?'”, questionou-se.

Embora amasse a química, Bawendi percebeu que não havia aprendido a estudar para as provas, o que conseguiu corrigir rapidamente.

“Descobri como estudar, algo que não sabia fazer antes”, disse, relatando que depois disso, passou a tirar “praticamente 100 em todas as provas”.

Ele deixa uma mensagem simples aos jovens: “Perseverem” e não deixem que os imprevistos “te destruam”.

“Minha primeira experiência com um F, de longe a nota mais baixa da minha turma, podia ter me destruído facilmente”, acrescentou.

Os pontos quânticos são minúsculos componentes nanotecnológicos que emitem luzes de aparelhos de televisão e lâmpadas de LED e também podem orientar os cirurgiões na remoção de tecido tumoral.

Bawendi recebeu o Prêmio Nobel de Química por ter “realizado um método de síntese que faz com que os pontos quânticos sejam amplamente utilizáveis”.

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