A União Europeia encontrará uma solução para ajudar a Ucrânia, independentemente da posição da Hungria, que bloqueia um importante pacote financeiro para o país em guerra com a Rússia, declarou nesta terça-feira (30) o novo primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, dois dias antes de uma cúpula europeia extraordinária.

A Hungria bloqueou, em dezembro, a entrega de ajuda de quatro anos no valor de 50 bilhões de euros (54,2 bilhões de dólares ou 269 bilhões de reais na cotação atual) à Ucrânia.

Há negociações em curso para encontrar um compromisso em Bruxelas, onde está marcada uma cúpula extraordinária para quinta-feira (1º).

“Tudo indica que, de uma forma ou de outra, encontraremos uma solução, com ou sem o [primeiro-ministro húngaro Viktor] Orban, para apoiar a Ucrânia, mas seria preferível […] preservar a unidade da Europa neste processo”, disse Donald Tusk à imprensa.

“Viktor Orban ficou sozinho no campo de batalha. Ele é o único político [europeu] que é tão abertamente anti-ucraniano”, insistiu o chefe de Governo polonês.

A Hungria exige que a decisão de enviar fundos para a Ucrânia seja submetida a uma revisão posterior, mas os outros países querem evitar dar a Budapeste a oportunidade de usar o seu veto.

Nesta terça-feira, Orban reiterou, em uma entrevista ao semanário Le Point, a sua rejeição à ajuda financeira de quatro anos à Ucrânia, estimando que este país representa “um grave problema para a Europa, independentemente da guerra”.

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