A polícia paquistanesa deteve, neste domingo (28), pelo menos 20 partidários do ex-primeiro-ministro Imran Khan, que está preso, quando tentavam se reunir em uma manifestação em Karachi, a maior cidade do país, antes das eleições de 8 de fevereiro.

Cerca de 2.000 pessoas se reuniram em Karachi, cidade portuária do sul, que conta com mais de 20 milhões de habitantes.

Correspondentes da AFP viram como foram detidos e levados pela polícia em um caminhão 20 simpatizantes do Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), o partido político de Khan.

A polícia, por sua vez, afirmou que não tinha nenhuma informação sobre essas detenções.

O PTI tem se deparado com obstáculos à sua candidatura na medida em que as eleições se aproximam. As manifestações estão proibidas, o símbolo do partido – um taco de críquete, esporte do qual Khan é uma lenda no país – foi retirado e dezenas de candidatos não foram autorizados a concorrer.

No domingo, os responsáveis do PTI exortaram seus simpatizantes a se reunirem por todo o país, apesar de a polícia não ter autorizado essas manifestações.

O PML-N, partido do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, que retornou ao Paquistão em outubro depois de quatro anos de exílio em Londres, é o grande favorito para o pleito.

O ex-dirigente, que acusou o Exército de ter orquestrado sua queda em 2017 para favorecer a eleição de Imran Khan, vem se aproximando novamente dos militares, afirmam analistas.

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