A discussão sobre torcida única também está sendo feita no estado de Santa Catarina. O Ministério Público (MP-SC) está investigando os atos de violência que ocorreram no clássico entre Avaí e Figueirense, ainda pela quinta rodada do Campeonato Catarinense, realizado em 4 de fevereiro e vencido pelo Avaí por 4 a 0.

O pedido para que seja considerada a adoção de torcida única em clássicos partiu da Polícia Militar, que elaborou relatório sobre os episódios da partida. A Promotoria de Justiça do MP é a responsável por analisar o pedido.

O promotor de Justiça Wilson Paulo Mendonça Neto vê uma situação preocupante, mas garantiu que a decisão só será tomada após reuniões com os envolvidos. “Esses atos de vandalismo têm se agravado nos últimos tempos. Torcida única não é o ideal, mas tem sido difícil evitar esse tipo de situação (violência), mesmo com todo o aparato policial. Eu ainda não tomei a minha posição final. Pretendo ouvir a Federação Catarinense Futebol (FCF), PM e demais envolvidos”, disse em entrevista à CBN.

Wilson ainda revelou que uma reunião com a PM foi marcada para 20 de março. Após isso, uma nova reunião será agendada tanto com a PM quanto com a FCF. Além disso, o MP solicitou que a Delegacia-Geral de Polícia Civil abra inquérito para apurar a incitação à violência e atos de vandalismo.

A discussão sobre torcida única vem ganhando força nos principais polos do futebol nacional. Os clássicos em São Paulo já são realizados com torcida única desde 2016. Athletico e Coritiba também realizaram o tradicional “Athletiba” apenas com a torcida mandante nesta temporada.

Após violência, que deixou um morto, no “Clássico dos Milhões”, entre Flamengo e Vasco, na última semana, a possibilidade também foi levantada no Rio. A princípio, porém, a torcida mista continuará no estado fluminense.