Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai, integrantes do Mercosul, instaram as autoridades da Guatemala a facilitarem a posse do presidente eleito Bernardo Arévalo, que denuncia um “golpe de Estado” em curso para impedi-lo de assumir o poder em 14 de janeiro.

“Os países-membros do Mercosul manifestam sua preocupação pela judicialização do processo eleitoral na República da Guatemala e instam o respeito à vontade do povo guatemalteco expressa nas urnas com uma maioria contundente, no segundo turno das eleições presidenciais, no último 20 de agosto”, declarou um comunicado divulgado pelos ministérios das Relações Exteriores destes países na terça-feira (12).

As cinco nações sul-americanas “exortam às autoridades da República da Guatemala a adotar todas as medidas necessárias para garantir um processo de transição presidencial harmonioso que garanta a posse das autoridades legitimamente eleitas”, acrescentou o texto.

O atual presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, afirmou na terça-feira que nada impede Arévalo de assumir o seu posto no início de 2024, no entanto, desde que este último avançou para o segundo turno das eleições presidenciais em junho, o Ministério Público tenta inabilitar o seu partido, Semilla, acusa o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de irregularidades e, em seu avanço mais recente, considerou as eleições “nulas”.

Arévalo declarou, por sua vez, que o MP tenta aplicar um “golpe de Estado” para impedi-lo de assumir o poder devido à sua promessa de combater a corrupção.

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