O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, informou nesta segunda-feira (29) que seu governo está investigando o “hacking” de dados pessoais de mais de 300 jornalistas acreditados na Presidência, atribuindo o vazamento aos seus adversários políticos.

“Precisamos primeiro encontrar uma forma de saber o que aconteceu, quem hackeou”, disse o presidente em sua habitual entrevista coletiva matinal, prometendo que seu governo dará “apoio a todos os que aparecem na lista”.

Ele mencionou a entrega de um relatório ao instituto nacional responsável pela proteção de dados pessoais, o INAI.

“É uma guerra suja, é espionagem”, denunciou, culpando seus adversários.

“É um ataque cibernético o que fizeram com Guacamaya”, continuou, em alusão ao vazamento de documentos oficiais confidenciais que afetou vários países da América Latina, incluindo o México.

“São as mesmas pessoas, pessoas sem escrúpulos morais que agem desta forma. São guerras midiáticas”, comentou.

López Obrador disse ainda que, diante das eleições presidenciais de 2 de julho, provavelmente este tipo de ação ilegal e outras, que afetem seu governo, vão-se repetir.

Na última sexta-feira, o fundador da empresa de segurança cibernética Silikn, Víctor Ruiz, denunciou na rede social X o vazamento dos nomes e dados pessoais dos jornalistas. Nessa lista, a AFP identificou vários de seus profissionais, que foram acreditados no governo de López Obrador em 2021.

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