Na última sexta-feira, 12, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) confirmou que Carlos Alberto Parreira, de 80 anos, que foi técnico da Seleção Brasileira e contribuiu com o título da Copa do Mundo de 1994, está em tratamento contra um linfoma de Hodgkin, que é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático.

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Parreira está há quatro meses realizando quimioterapia e “vem apresentando excelente resposta”.

A equipe médica do Hospital Samaritano, que o acompanha, afirma que ele segue evoluindo positivamente aos tratamentos.

Debilitado

Ao dar uma entrevista ao Grupo Globo para homenagear o amigo Zagallo, que morreu no dia 5 de janeiro, a aparência bastante debilitada do ex-técnico da seleção deixou internautas e fãs preocupados.

“É uma notícia muito triste. O Zagallo era o meu melhor amigo no futebol. Meu mestre. Foi um cara que me ajudou, me protegeu e me ensinou tudo que aprendi no futebol. Foi um privilégio meu ter ele ao meu lado por tantos anos”, declarou Carlos Alberto Parreira no vídeo.

“O Zagallo não foi só 1994, eu comecei a trabalhar com ele em 1970. Fomos amigos, companheiros e profissionais ao longo de 52 anos. Foi um privilégio e agradeço a Deus sempre por essa oportunidade, de ter conhecido uma pessoa tão generosa. Nós tínhamos a mesma filosofia de futebol, mas claro que o Zagallo muito mais experiente do que eu. Participei de diversos cursos e juntamos as diversas experiências, nunca tivemos um contratempo, era defender e atacar com a máxima eficiência”, acrescentou.

“Tem uma galera falando que a aparência do Parreira se dá somente pela idade, que ele estava sumido da mídia e por isso o espanto. Mas não é isso. Olha a aparência dele no meio do ano passado (2023). Ele não estava tão velho assim não. Alguma coisa está acontecendo com ele”, disse um internauta no X (antigo Twitter) sobre o ex-técnico da seleção.

Aparições raras

Parreira, que faz pouquíssimas e raras aparições, em 2021, foi vítima da Covid-19 e ainda lida com sequelas que estão sendo tratadas.

“Foi duro, essa doença faz um estrago. Atacou meus rins e tive 35% do meu pulmão comprometido, mas não perdi olfato. No 8º dia, eu senti um cansaço muito grande, não conseguia levantar da cama. Minha mulher também teve Covid, mas passou rápido. Eu sofri muito (…) essa doença é traiçoeira”, explicou o veterano ao jornal Globo na época.

Veja abaixo a foto atual de Carlos Alberto Parreira:

O ex-técnico da seleção brasileira chamou a atenção por sua aparência

Linfoma de Hodgkin

A IstoÉ Gente conversou com Jorge Abissamra Filho, que é médico e chefe de Oncologia do Hospital Santa Clara, que explicou tudo sobre o câncer que acometeu Carlos Alberto Parreira. Entenda!

“Linfoma é um câncer hematológico (do sangue) assim como as leucemias. A diferença é que a leucemia tem origem na medula óssea, local onde são produzidas as células do sangue e os linfomas surgem no sistema linfático, uma rede de pequenos vasos e gânglios, que é parte do sistema circulatório e sistema imune”, esclarece o Dr. Jorge Abissamra.

Tipos de linfoma

Existem dois tipos de linfoma: os de Hodgkin e os não Hodgkin, que são classificados de acordo com a presença ou não de células muito grandes, com muitos núcleos e que lembram olhos de coruja.

Sintomas

O principal sintoma dos linfomas são aumentos de gânglios linfáticos no pacientes, que são as populares ‘inguas’, que acabam ficando de maneira aumentada e injustificada. Alguns pacientes também podem apresentar febre, perda de peso, cansaço e sudorese noturna.

Tratamento

O tratamento habitual para os linfomas e a quimioterapia podendo ou não estar associado a radioterapia para alguns casos. As respostas às quimioterapias são primordiais para a cura da doença. A maioria dos pacientes de maneira geral tem boas respostas ao tratamento.

Esse tipo de câncer tem grande risco de morte?

Geralmente, a doença responde bem ao tratamento. Mas há muitas especificidades que podem mudar o prognóstico. No caso de Parreira, ele está respondendo bem, segundo informações de sua equipe médica. Difícil quantificar devido não sabe mais detalhes do caso dele, mas é natural que um paciente idoso em tratamento oncológico tem riscos de morte.