A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, foi agraciada nesta quarta-feira (9) com o prêmio Anna Lindh, criado em memória da ex-ministra sueca das Relações Exteriores, em reconhecimento de sua “inesgotável” luta pela democracia, anunciaram os organizadores.

Dotado de 100 mil coroas suecas (US$ 9.371, ou R$ 45,8 mil, na cotação atual), o prêmio busca “estimular mulheres e jovens que, no espírito de Anna Lindh, mostram valor na luta contra a indiferença, os preconceitos, a opressão e a injustiça”, declarou o Fundo Anna Lindh, que concede a distinção.

Na eleição presidencial de 2020, cujos resultados foram contestados, Tikhanovskaya se tornou a principal opositora de seu país, aliado de Moscou e liderado com mão de ferro por Alexander Lukashenko desde 1994.

Refugiada na Lituânia e com o marido preso em Belarus, ela “lutou incansavelmente. Svetlana Tikhanovskaya é um símbolo de uma Belarus livre e democrática”, disse o Fundo em um comunicado.

O prêmio foi criado para homenagear a ex-ministra das Relações Exteriores, a social-democrata Anna Lindh, assassinada em 2003 por Mikhaílo Mikhailovic, um sueco de origem sérvia com histórico psiquiátrico. O jovem, que foi condenado à prisão, disse que agiu por “ódio” aos políticos.

A recompensa será entregue no dia 11 de setembro, durante uma cerimônia em Estocolmo em homenagem à falecida ministra.

No início de março, um tribunal bielorrusso condenou Tikhanovskaya, à revelia, a 15 anos de prisão por uma série de acusações, incluindo “conspiração para tomar o poder”.

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