A JetBlue, primeira companhia aérea dos EUA a operar voos regulares para Cuba após o restabelecimento das relações diplomáticas, em 2016, anunciou nesta sexta-feira (1º) que irá suspender seus voos para a ilha, devido a restrições aos viajantes que se dirigem ao país caribenho.

“A JetBlue tomou a decisão de suspender todas as rotas para Cuba. O último dia de serviço será 17 de setembro”, informou a empresa, em comunicado enviado à AFP. “A demanda de viagens para a ilha foi significativamente afetada pelas restrições impostas às viagens a Cuba após lançarmos o serviço”, acrescentou.

Os Estados Unidos proíbem que seus cidadãos façam viagens de turismo à ilha, embora permitam visitas familiares e as de caráter acadêmico, religioso, humanitário e outras categorias.

Segundo a companhia aérea, a decisão “permitirá redistribuir aviões adicionais” em suas “rotas de maior rendimento”.

Em plena reaproximação diplomática histórica entre Havana e Washington, durante o governo de Barack Obama (2009-2017), um voo da JetBlue deu início a um acordo bilateral de 110 viagens diárias, 90 delas para nove aeroportos de outras cidades e destinos turísticos cubanos. Mas após chegar à Casa Branca, em 2020, o republicano Donald Trump suspendeu todos os voos dos Estados Unidos para as províncias da ilha, mantendo apenas as rotas para Havana.

Em 2022, o governo do democrata Joe Biden autorizou a retomada das rotas para as províncias. Cuba negou a entrada em seu território de alguns de seus cidadãos, por razões políticas. Entre eles estão o escritor Carlos Manuel Álvarez e os ativistas Anamely Ramos e Omara Ruíz Urquiola.

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