O irmão de Joe Biden chegou ao Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (21), para testemunhar na investigação aberta pelos republicanos para tentar levar o presidente a um julgamento político por acusações de mentir sobre os negócios de sua família.

Os democratas consideram que esta investigação é uma manobra política em pleno ano eleitoral que, em qualquer caso, não tem praticamente chances de prosperar.

Os republicanos querem interrogar James Biden, de 74 anos, sobre uma série de transações financeiras que, segundo eles, incriminam o presidente democrata.

Os conservadores acusam Joe Biden, até agora sem provas conclusivas, de ter usado sua influência quando era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) para permitir à sua família realizar negócios suspeitos na Ucrânia e na China. As pessoas-chave da investigação são o irmão de Joe Biden e o filho do presidente, Hunter.

A investigação republicana tem perdido fôlego pela acusação, em meados de fevereiro, contra um ex-informante do FBI, Alexander Smirnov, suspeito de ter mentido e feito falsas acusações de corrupção contra o filho de Joe Biden.

Este homem de 43 anos acusou Joe e Hunter Biden de ter recebido cinco milhões de dólares (R$ 24,6 milhões, na cotação atual) em propinas cada um para permitir que uma empresa de gás ucraniana, a Burisma, evitasse uma ação judicial, uma história inventada, segundo a acusação formal.

Na terça-feira, a Procuradoria americana informou que Alexander Smirnov admitiu ter recebido parte da informação de pessoas vinculadas aos serviços de inteligência russos.

Hunter Biden é um dos alvos favoritos dos republicanos nos Estados Unidos, que alimentam as suspeitas sobre seus negócios.

Por enquanto, a investigação judicial sobre o filho do presidente não confirmou estas acusações.

Só pôs em destaque sua dependência química e alcoolismo, que ele afirma ter superado, e resultou em duas acusações contra ele: uma por fraude fiscal e outra por posse ilegal de arma de fogo.

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